Conforme se foram desenvolvendo métodos mais simples de criar papel,
o papel foi tornando-se menos caro, e o Origami, cada vez mais uma arte
popular. Ainda assim as pessoas menos abastadas se esforçavam em não
desperdiçar; guardavam sempre todas as pequenas réstias de papel, e
usavam-nas nos seus modelos de origami.
Durante séculos
não existiram instruções para criar os modelos origami, pois eram
transmitidas verbalmente de geração em geração. Esta forma de arte
viria a tornar-se parte da herança cultural dos japoneses. Em 1797 foi publicado um livro (Hiden Senbazuru Orikata)
contendo o primeiro conjunto de instruções origami para dobrar um
pássaro sagrado do India. O Origami tornou-se uma forma de arte muito
popular, conforme indica uma impressão em madeira de 1819 intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros a serem criados a partir de folhas de papel.
Em 1845 foi publicado outro livro (Kan no mado) que incluía uma coleção de aproximadamente 150 modelos Origami. Este livro introduzia o modelo do sapo, muito conhecido hoje em dia. Com esta publicação, o Origami espalha-se como atividade recreativa no Japão.
Não seriam apenas os Japoneses a dobrar o papel, mas também os Mouros, no Norte de África, que trouxeram a dobragem do papel para Espanha na sequência da invasão árabe no século VIII.
Os mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas,
uma vez que a religião proibia-os de criar formas animais. Da Espanha
espalhar-se-ia para a América do Sul. Com as rotas comerciais terrestres, o Origami entra na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos.